A
correta retirada de escoramento pode ser analisada de acordo com o
comportamento pressuposto da laje maciça sobre seus esforços solicitantes, pois
para a definição da remoção deve-se observar se a laje agirá promovendo
esforços positivos ou
negativos, implicando em processos distintos para cada situação do procedimento
de cimbramento.
A
NBR 15696:2009 transcreve que a remoção de fôrmas e escoramentos deve respeitar
o comportamento ao qual a estrutura irá se submeter, cabendo ao responsável
pela estrutura da obra analisar se a execução está coerente com os planos de
desforma previstos em projeto. Esta norma também sugere a retirada ou
reescoramento em 14 dias após a concretagem, ressalvando na utilização de
concretos que possibilitem a laje atingir sua capacidade resistente
antecipadamente.
Uma laje bi apoiada tende
a oferecer momento positivo máximo no sentido transversal menor e no centro do
elemento rígido, deste modo o assertivo ordenamento de retirada do escoramento
e posicionamento do reescoramento deve ser realizado do meio para as
extremidades para assim garantir-se o crescimento gradual e habitual do
carregamento que a laje tende a suportar. A cada processo de remoção, o momento
positivo aumenta enquanto a laje maciça bi apoiada vai adquirido mais
resistência cada dia somado posterior a sua concretagem, garantindo
estabilidade ao longo do tempo. O processo contrário para este tipo de cenário
pode gerar esforços negativos, atuando no elemento de suporte como um pilar no
meio do elemento maciço, tendendo ao longo do crescimento do carregamento a
atuar com momentos positivos e negativos, neste caso no seu centro, podendo
provocar fissuras na retirada total ou até colapso se a soma dos esforços
(Positivos e negativos, estes criados pelo cimbramento mal executado) for
superior a capacidade de carga de projeto estabelecida pelo calculista.
Para Hoffmann et al.
(2012) o que compromete a estrutura, relacionado a deformações, são os projetos
mal planejados de retirada dos escoramentos remanescentes, com programações mal
definidas, ou o não seguimento executivo do plano em si pela equipe da obra.
Isto pode promover:
Remoção
incorreta dos escoramentos (especialmente em balanços, casos em que as escoras
devem ser sempre retiradas da ponta do balanço para o engaste), o que provoca o
surgimento de trincas nas peças, como consequência da imposição de
comportamento estático não previsto em projeto. (SANTOS, 2007, p.25)
A Figura 1, abaixo, refere-se ao processo de
retirada do escoramento em lajes maciças nas condições em balanço e bi-apoiada:
Figura
1 – Retirada correta de escoramento
Fonte:
Adaptada da http:<//www.lajesmartins.com.br/manual-tecnico/>
Segundo Santos (2007) a retirada antes do
previsto das fôrmas e escoramentos, pode resultar em deformações indesejáveis na
estrutura e em muitos casos, em acentuada fissuração do elemento concretado.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR
15696: Fôrmas e escoramentos para estruturas de concreto -
Projeto, dimensionamento e procedimentos executivo. Rio de Janeiro: 2009. 27 p.
HOFFMANN,
Lineker B. et al. Influência dos planos de retirada do escoramento remanescente
nas deformações das lajes de concreto armado. In: encontro nacional de
tecnologia do ambiente construído, 14. 2012, Juiz de Fora. Artigo Científico. Rio
de Janeiro: Ufrj, 2012. p. 1 - 5.
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Existem vários tipos de fundações profundas sendo aplicadas na industria da construção civil, as quais dependem do solo, do diâmetro e da profundida a ser atingida, além da existência ou não de lençol freático, como por exemplo: os tubulões, as estacas moldadas in loco e as estacas pré-moldadas. Hoje, iremos falar em especial do processo executivo da estaca escavada com trado mecânico, sem fluido estabilizante (anexo E da ABNT NBR 6122/2010). Esse tipo de fundação possui pouca vibração, grande produtividade, diversificação de diâmetros pequenos, além de ser aplicada apenas acima do nível d’água. Figura 1 - Execução de Estaca Escavada com Trado mecanizados, sem fluido estabilizante Fonte: https://blog.apl.eng.br/guia-completo-estaca-escavada-trado-mecanico/ 1 - PLANEJAMENTO Em um edifício, podem haver centenas de estacas, com diâmetros e profundidades variadas e proximidade entre elas. Com isso, inicialmente, analisa-se juntamente com o motorista do equipamento
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